A atleta da Mormaii, Maya Carpinelli, de apenas 18 anos, é uma mais um talento da nova geração brasileira. Recentemente, Maya fez uma expedição para as ilhas Mentawai, Indonésia, com suas amigas Mariana Areno e Maria Amélia Autuori, e aproveitou cada série do icônico pico.
Maya foi à Indonésia para, além de fazer boas sessões, aprimorar o seu surfe, visando a atual temporada e as próximas. A atleta atualmente compete na Taça Brasil da CBSurf, no QS (WSL) e também no circuito estadual JASC, onde é a atual campeã.
Veja a galeria de fotos acima com imagens de Maya nas Mentawai, feitas pelo seu pai, Carlos Carpinelli.
O Waves bateu um papo com Maya, que revelou sua inspiração, oportunidade de treinar nas Mentawai, parceria de longa data com a Mormaii e mais.
Maya, como surgiu a oportunidade de treinar nas Mentawai? Quem te incentivou a buscar essa experiência?
Eu criei a oportunidade porque queria muito. Eu já estava planejando essa viagem, queria fazer ela, então eu meio que fui atrás e daí tinha contatos de um amigo dono do barco e etc, onde eu consegui ficar no barco e tudo mais. Essa foi a oportunidade na real, que eu tive de ir para o barco com as minhas amigas.
Com apenas 18 anos, você já é atleta da Mormaii. Como essa parceria começou e o que ela significa para você?
A Mormaii sempre esteve muito presente na minha vida por ser uma marca local de Garopaba (SC). Meu pai sempre trabalhou lá e sempre foi envolvido com a Mormaii, e eu sempre estive junto, pois sempre gostei muito da marca. Desde pequena usei Mormaii e, quando decidi começar a surfar e me tornar competidora, tudo aconteceu de forma muito natural e foi ótimo porque eu já usava Mormaii. Tissot, meu chefe de equipe, conversou com meu pai e disse que realmente achava que eu deveria fazer parte da equipe, que tinha tudo a ver comigo, e então tudo se encaixou. Foi muito importante para mim; já vivi muitas coisas boas com a Mormaii e seus produtos, já viajei, é um time dos sonhos. Sinto-me como se estivesse em uma família, com todos os atletas e com meus chefes. E, claro, com meu pai, mas como cresci junto e vim da Mormaii, é realmente como se fosse a minha família.
Quando e como você começou a surfar? O que te atraiu nesse esporte?
Desde pequena, sempre fui à praia e sempre amei estar no mar, na água, brincar dentro dele, mas eu não surfava. Meu pai surfava e colocava meu irmão para surfar, enquanto eu ficava brincando. Só que sempre gostei muito do surfe; meu pai às vezes me colocava em cima da prancha para brincar, mas eu não surfava de verdade. Quando fiz 11 anos, meu irmão já não queria mais surfar, preferia fazer outras coisas. Meu pai ficou chateado porque ele não queria surfar, e eu olhei para meu pai – lembro-me exatamente dessa noite – e falei que queria começar a surfar de verdade, entrar em uma escolinha e aprender direito porque eu queria muito, e aí ele ficou muito feliz. Então, comecei a surfar constantemente, ia duas vezes por semana. A escola de surfe era a Onda Azul; eles me levavam de Kombi, eu e mais amigos meus juntos, o que era muito divertido. Ali, fui aprendendo a surfar e pegando gosto. Como tinha mais amigas juntas, nós também desenvolvemos juntas esse amor pela competição. Começamos a competir, e tudo foi muito rápido; a evolução foi muito rápida porque nós gostávamos muito. De cara, já amei muito o surfe – sempre amei, mas desde que comecei a praticar, esse amor triplicou. Então, foi muito fácil, e daí comecei a competir, a viajar e entrei para a Mormaii. Tudo foi caminhando dessa forma.
Quais são seus maiores sonhos e objetivos como surfista profissional?
Meu maior sonho e objetivo como surfista profissional é, além de ganhar campeonatos, viver do surfe e poder viajar o mundo surfando pelo máximo de tempo possível, conseguir pegar as melhores ondas do mundo, conhecer vários lugares, novas culturas e pessoas, tudo através do surfe e com a vibe que ele proporciona. Acredito que esse seja meu maior sonho: viver a vida de uma surfista profissional que viaja e conhece o mundo através do surfe.
Você se inspira em outras mulheres surfistas? Quais e por quê?
Eu me inspiro muito em outras surfistas, é claro, muitas profissionais como Tatiana Weston-Webb, Stephanie Gilmore e Bethany Hamilton. Há muitas outras que me inspiram, como Coco Ho. No entanto, acredito que as surfistas com quem convivo, que me ajudam a evoluir e me inspiram diariamente a ser uma surfista melhor, são as principais: as meninas que competem comigo e com quem compartilho essa jornada. Mas, além delas, muitas outras pessoas me inspiram, não só mulheres, mas também homens, principalmente surfistas.
Como você concilia os estudos com a rotina de treinos e viagens?
Então, eu já concluí o ensino médio. Os três últimos anos do colegial, no entanto, foram online, em uma escola especializada para atletas. Essa foi a forma que encontrei para conciliar os treinos com os estudos, então eu estudava em casa.
Seu pai é pintor e artista. De que forma a veia artística dele influencia você, seja no surf ou em outros aspectos da sua vida?
A arte do meu pai sempre me inspirou desde pequena, tornando minha vida mais mágica, por assim dizer, devido à minha família predominantemente artística. Isso sempre foi muito bom, mas meu pai me inspira especialmente no surfe e na vida, seja como pintor, fotógrafo, pai ou pessoa. Tudo isso me influencia muito a levar as coisas de um jeito mais leve e bonito, a ser sempre otimista, a ver o lado bom das situações e a não deixar que os problemas me afetem.
Como sua família te apoia em sua jornada no surfe? Qual o papel deles nesse processo?
Minha família, com certeza, é minha maior base de apoio. São as pessoas que mais me apoiam, sempre ao meu lado, em qualquer momento, bom ou ruim. Elas me mantêm firme para continuar nessa vida de atleta, que não é fácil, sempre me incentivando, oferecendo palavras de conforto e me ajudando a manter o foco e a positividade, mesmo quando as coisas não estão dando certo. E é isso: acho que o principal é sempre focar no que é bom, no amor que tenho pelo esporte e em tudo o que ele já me proporcionou. Realmente, focar no amor e no que gosto de fazer é o que me faz acreditar que tudo sempre dará certo, como eles sempre dizem: “Se é isso que você ama, corra atrás, porque não há nada melhor do que fazer o que se quer. O que você ama”.
Sobre a Mormaii
A Mormaii é a marca brasileira que traduz o espírito do esporte e da liberdade em um lifestyle autêntico. Criada nos anos 70 em Garopaba por Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, revolucionou o mercado ao produzir as primeiras roupas de borracha do Brasil. Desde então, tornou-se sinônimo de inovação, tecnologia e performance.
Presente em diversas modalidades, do surfe ao triathlon, do automobilismo ao jiu-jitsu, a Mormaii oferece produtos e serviços que acompanham quem vive em movimento. Com mais de 60 mil pontos de venda no Brasil e uma rede exclusiva de mais de 80 Studios Mormaii Fitness, reforça sua conexão genuína com o esporte e o bem-estar.
Como marca oficial do Time Brasil e patrocinadora da CBSurf e do surfe brasileiro até 2028, a Mormaii segue impulsionando atletas e entusiastas a irem além, dentro e fora d’água.
