
O Tudor Big Wave Challenge 2025, que rolou na última terça-feira (19) na Praia do Norte, em Nazaré, Portugal, foi mais um teste para a bravura de alguns dos melhores surfistas de ondas gigantes do planeta. Coroando os ses Clement Roseyro e Justine Dupont na categoria Melhor Performance Masculina e Feminina, respectivamente, o evento mostrou que a modalidade continua em franca expansão.
A competição também comprovou que o Brasil se mantém como um dos principais protagonistas no big wave mundial tendo chegado ao evento defendendo as três categorias, conquistadas no ano de 2024, e saindo de Nazaré com honrosas segundas colocações nas três categorias disputadas: Lucas Chianca e Pedro Scooby, no individual masculino, e com Lucas Chianca e Michelle de Buillons, no feminino.
Mas, o que pouca gente percebeu foi que nos Times um brasileiro estava no topo do pódio, o alagoano Caio Soriano, spotter (observador) da equipe campeã, a Mountains of the Sea, formada por Nic von Rupp, Clement Roseyro, Antônio Cardoso e Caio Soriano. Foi dele a responsabilidade de colocar o Brasil no lugar mais alto do pódio.
Mas, quem é Caio Soriano?
Caio Soriano nasceu em Alagoas e teve suas primeiras experiências nas ondas ainda criança através do bodyboarding. Após 17 anos morando no Amapá e tendo inclusive experiências na pororoca do Rio Araguari, retornou a Alagoas e ou a surfar de pranchinha nas ondas das bancadas de corais de Maceió com o parceiro de surfe João Mariano.
Como ele foi parar em Nazaré?
Caio foi para Portugal em 2022 e nos primeiros três meses após sua chegada ficou sem surfar. Até o dia em que o proprietário do restaurante em que ele trabalhava comprou-lhe uma prancha e Caio ou a surfar na Costa da Caparica, próximo a Lisboa. Algum tempo depois foi para Peniche conhecer e surfar Supertubos. E foi aí que a chave virou.
“Fui surfar em Peniche e nem imaginava que o mar estava daquele tamanho. Devia ter 3 metros ou mais. Estava realmente grande. Eu estava de 6’2” e aquela experiência foi incrível. Senti uma energia muito intensa naquele dia. Logo depois falei com meu irmão, que também é surfista, o Felipe Soriano, e ele falou: ‘o próximo o é Nazaré’. Eu pensei: ‘será? Nazaré" data-r4ad-mobile>